terça-feira, 9 de agosto de 2011

PERIGOSAS AÇÕES GOVERNAMENTAIS - o que o governo verdadeiramente pretende fazer



Pouco se sabe ainda das reais intenções governamentais.

Devido às informações desabafadas por um Historiador Militar publicadas na matéria do dia 03 de Agosto neste mesmo blog, com uma indagação se as mesmas informações seriam reais ou fictas, decidimos a investigar mais a fundo tais informações.


Pra começar, cabe saber que nos dias 22 a 30 de Julho, ocorreu o V Aldeia Multiétnica na Chapada dos Veadeiros em Goiás, onde reuniu diversas etnias indigenas em um grande encontro cultural, com o objetivo de difundir a cultura indígena e a integração entre as etnias.


Este ano estava previsto do evento ter a sua abertura no dia 22, sendo assim, no dia 21 todas as etnias ja deveriam estar presentes no evento. O que não foi o caso.

Geralmente os Kayapos são os primeiros a chegar e estranhamente, no dia 22 eles ainda não haviam chegado no local do evento.


O lider Bari Kayapó informou a um de nossos correspondentes durante uma conversa sobre o ocorrido, que a FUNAI não queria que os Kayapós estivessem neste encontro e que tanto a FUNAI quanto o governo num sentido geral, está boicotando os Kayapós em tudo!


O grupo de 40 índios Kayapós, entre eles 10 crianças de todas as idades, ficaram 3 dias esperando o transporte na beira do rio, para fazer a travessia para São Felix do Xingu. Ao se darem conta de que o transporte não viria, eles se organizaram entre si e fizeram a travessia de 3 em 3, pegando carona nos barcos dos moradores locais que se prontificaram em ajuda-los.


Ao saber que os Kayapós estavam indo para o evento por conta própria, o Ministério do Meio Ambiente e a PETROBRÁS retiraram o patrocínio do evento, deixando os organizadores no mais completo aperto financeiro.


Esta foi a razão do atraso da chegada dos Kayapós ao evento.


Quando os Kayapós chegaram no local do evento, chegaram cansados mas cantando aliviados, na madrugada do dia 22, sexta-feira, para o dia 23.


No dia 24, Domingo, foi realizada uma reunião entre as etnias e organização que decidiram encurtar o encontro até o dia 27, devido a falta de patrocinio, e assim teria tempo de cada etnia fazer a sua festa. Ficou acordado que no dia 25, Segunda-feira, seria o dia da festa dos Kayapós. Porém, por volta das 17:00, quando eles estavam se preparando para a apresentação, as mulheres ja cozinhando, preparando as comidas típicas, para uma apresentação que duraria a noite inteira, eis que, sem nenhum aviso prévio, chega um comunicado da direção do evento informando que teriam que entregar os Kayapós na Cidade do Alto Paraíso até a meia noite, pois o onibus da FUNAI ja estava la esperando para levá-los de volta à São Félix do Xingu.


De acordo com Bari Kayapó, muitos não sabiam o que estava acontecendo, mas o fato é que o governo queria tirá-los de lá por medo de os Kayapós irem até Brasília que fica a somente 220Km do local do evento, se juntarem com os manifestantes que são contra a construção de Belo Monte, e também, devido a guerra contra a usina, foi cortado todo tipo de assistencia do governo à esses índios. Eles não recebem mais nenhum tipo de assistencia governamental, seja ela na área da educação, saúde ou transporte. A FUNAI e FUNASA, mesmo tendo sido extintas, ainda agem de forma danosa contra os Kayapós.


O resultado disso é que eles foram arrancados de maneira grosseira do local do evento, sem nem tempo de recolher todas as suas coisas ou mesmo de realizar uma refeição, sequer ter o direito de realizar sua apresentação que tratava-se de um ato meramente cultural.


Ontem mesmo recebemos informações extra-oficiais de fontes seguras em Brasilia, em respeito a MPs(Medidas Provisórias) que estão sendo preparadas por alguns parlamentares no Congresso Nacional, sob o comando e orientação de Blairo Maggi, o chefe do agronegócio.

Tratam-se de MPs que irão propor a diminuição dos parques indígenas e extinção de alguns. É pretensão do Poder Executivo colocar em prática a redução das reservas indígenas, para facilitar o projeto de implantação de várias usinas hidroelétricas em todo o complexo fluvial da Amazônia.


Este processo ja esta acelerado devido aos apelos da bancada do agronegócio e principalmente do Ministério da Agricultura, onde Blario Maggi, o chefe do agronegócio em Mato Grosso e em todo o Brasil, tem suas forças e seus aliados.


Os parques nacionais indígenas que sofrerão alteração ainda este ano são:


Parque Nacional da Amazônia

Florestas de Itaituba 1 e 2

Parque Nacional Tapajós, onde tods a área sera inundada pelas hidroeletricas de São Luiz e Jatobá, no rio Tapajós.


Mais 5 parques estão na mira do governo, entre eles o Parque Nacional do Xingu, onde, além de ser para os olhos do governo, um grande potencial de terras, hidroelétrico e de minérios, trata-se de uma região perfeita para a implantação de uma grande base militar, por se tratar de uma excelente localização de potencias militares de selva.


A extratégia dos bastodires do governo é esperar a implantação da usina hidroelétrica de Belo Monte, para dar início as ações do plano de redução dos parques.

A partir do proximo ano, entram em discussão a redução dos outros 5 parques indigenas e extinção de alguns, visto que "as terras não são de propriedade dos indios, mas sim do governo por se tratarem de patrimônio da União", conforme o proprio Blairo Maggi.


Apesar destas manobras estarem tramitando sigilosamente dentro do governo, está clara clara a politica de redução e extinção dos parques indígenas, encabeçado pela bancada ruralista do Congresso Nacional e dentro do Palácio do Planalto.


Belo Monte é somente a pontinha pequenininha do ice-berg, diante das trágicas e desumanas intenções ambiciosas do governo. Muitas batalhas estão em vista a partir deste ano.


BOA SORTE GUERREIROS....pois o inimigo é forte e ardiloso.