segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Lideranças defendem nomeação de general indígena para presidência da Funai

Franklimberg de Freitas pertence à etnia Mura e é reconhecido pelo combate ao tráfico e crimes ambientais

Líderes vindos de tribos do Alagoas, Amapé e Pernambuco defenderam nomeação: para eles, é o exército que os salva quando estão morrendo na mata

Com o titular ainda indefinido durante a gestão Temer, lideranças indígenas de diferentes estados defendem a indicação do general Franklimberg Ribeiro de Freitas, que é índio, para o cargo de presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), o que seria um fato inédito na história do órgão. Nascido em Manaus, Franklimberg Ribeiro de Freitas pertence à etnia Mura, tem 60 anos, e é reconhecido pela atuação no combate ao tráfico nas fronteiras e crimes ambientais. Para eles, o general é o mais indicado, além da própria origem, por ter uma carreira consolidada, uma patente importante e estar envolvido em causas que beneficiam as comunidades indígenas. No entanto, há divergências sobre a possível indicação.

Em reunião na tarde de terça-feira (2), no Memorial do Índio, um grupo de líderes vindos de tribos do Alagoas, Amapá e Pernambuco, afirmou ser livre de ideologias políticas e partidárias e não se alinhar às ONGs e associações contrárias à nomeação de um general. Suas reivindicações giram em torno da demarcação de terras e revisão da PEC 215, que transfere do Executivo para o Legislativo o poder de demarcação. O movimento defende a atuação das Forças Armadas nas reservas indígenas.

Jocelio Xucuru, da etnia Xucuru Pesqueira, critica a Funai e defende a nomeação do general. “A Funai se encontra omissa e sucateada. O índio na Funai, sem recursos, não vai fazer nada. O orçamento não é compatível com as demandas das comunidades indígenas. Precisamos de transparência na Funai, que o ministro da Justiça olhe com uma visão diferente para esses movimentos que estão sendo contra. Esses que estão aqui em Brasília não nos representam, quem nos representa é cacique, pajé e a comunidade”, afirma.


Fonte: Correio Brasiliense
Nota do Movimento Frente de Ação Pró-Xingu




QUEM É O GENERAL FRANKLIMBERG (Nome indígena, Nena Mura)
Da etnia Mura do Amazonas, o Gen. Franklimberg Ribeiro de Freitas é natural de Manaus, nascido em 31/01/56,sua mãe é natural de Codajás-AM e seu pai de Tefé- AM
Ingressou nas forças armadas no ano de 1976 na AMAN, formando-se em 1979.
Trabalhou por vários anos em operações interagências de preservação do meio ambiente, coibição aos ilícitos transfronteiriços e ações de apoio às comunidades carentes na região.
Em 1994, comandou o Contingente Brasileiro em Moçambique por 6 meses em uma missão das Nações Unidas, apoiando diversas comunidades africanas.
De Agosto 1995 à 1996 foi instrutor na escola de aperfeiçoamento de Oficiais do Exercito brasileiro no Rio de Janeiro.
Comandou a escola de paraquedismo do RJ no período de 2001 e 2002.
No período de 2003 à 2006, foi assessor parlamentar do Exército no Congresso Nacional.
Em 2009 participou de reunião em Tabatinga sobre a temática da polícia Indígena do Alto Solimões - PIASOL, atividade hoje denominada como Segurança Comunitária Indígena (SCI)
No ano de 2010 a 2011 Como oficial general comandou a 1ª Brigada de Infantaria de Selva, em Boa Vista – RR, onde ministrou diversas palestras na UFRR e na Universidade Catedral sobre o tema “Segurança na Faixa de Fronteira Norte” e na Academia da Polícia Militar do Estado de Roraima sobre o tema “Liderança”.
No ano de 2010 participou do VII Encontro da Associação Brasileira de Ciência Politica em Recife-PE, juntamente com Jonas Marcolino, liderança indígena da comunidade do Pontão TIRSS, tratando sobre segurança indígena na faixa de fonteira norte.
Em 2011 participou ativamente em reuniões com os lideres da comunidade indígena do Fleixal, na terra indígena Raposa Terra do Sol, sobre as dificuldades que passavam e agilizando todo o apoio logístico com transporte de alimentos de Boa Vista-RR para aquela comunidade, vinculada à Sociedade de Defesa dos Índios de Roraima-RR
Ainda neste período atuou intensamente no combate ao garimpo ilegal em terras Yanomami e coordenou o apoio de saúde à comunidades da região, num trabalho conjunto com a FUNAI e Polícia Federal.
Em 2012, coordenou diversas atividades operacionais e logísticas realizadas pelo CMA, particularmente em Terras Indígenas com a realização ações cívico sociais.
Ainda em 2012 atuou junto com líderes da comunidade de Maturuca na Terra Indígena Raposa Terra do Sol, onde houve a visita do ex-presidente Lula àquela importante comunidade do conselho indígena de Roraima-RR.
Em 2013 coordenou o apoio logístico do CMA para que o Ministério da Justiça provesse a segurança dos índios Mundurukus e também dos técnicos da Eletronorte devido a insatisfação das comunidades diante projetos de construção de usinas Hidroeléticas autorizadas pela então presidente Dilma Roussef, buscando assim a segurança de todos e um diálogo sem conflitos.
Ainda em 2013 coordenou apoio logístico prestado pelo CMA na operação Hélia Pátria do Ministério do Meio Ambiente, em que teve por objetivo reduzir o desmatamento na amazônia, em especial nas terras indígenas.A operação teve como parceria o IBAMA e outros órgãos federais na coibição do tráfico ilegal de madeira e serrarias ilegais nas terras indígenas do Rio Guamá (PA), TI Alto Iguaçu (MA), TI Awá (MA), TI Carú (MA) e Reserva Biológica do Gurupi (PA), Flonas Jamanxim e Altamira (PA), nos limites de Rondônia com Mato Grosso, nas TIs Zoró, Sete de setembro, Apurinã e Roosvelt, Igarapé Preto, Santo Antônio e Parna Mapinguari.No Amazonas nas TIs Tenharim Marmelos.
Em 2015 coordenou o primeiro seminário internacional de Operações de Selva em Manaus-AM com a participação de representantes de 21 países.
Ainda em 2015 integrou a comissão da ALEAM instaurada pelo Dep Estadual Sinésio Campos para acompanhar e analisar o PL do senador Romero Jucá sobre exploração de minérios em terras indígenas. Nesta missão foram integradas diversas autoridades de órgãos como o DNPM, CRPM, Coordenação das organizações indígenas da Amazônia, COIAB, Secretaria do Estado para os Povos Indígenas, SEIND, Coopeativa do Extrativismo e de recursos naturais e minerais, dentre outros, sendo realizadas 2 audiências públicas com a ativa participação de lideranças de São Gabriel da Cachoeira - AM.
Coordenou a operação logística para a demarcação da Terra Indígena Kaiabi, no norte do Mato Grosso e sudoeste do Pará; àrea que se encontrava constantemente sendo invadida por fazendeios, garimpo ilegal e traficantes de madeira. Contou com a colaboração do pessoal especializado da 4a Diretoria de levantamento de Manaus-AM
Como Assessor de Relações Institucionais, coordenou o IV seminário de história da Amazônia cujo tema foi "Rondon nos sertões Amazônicos"; oportunidade onde convidou diversos historiadores e indígenas para falarem sobre Rondon (indígena que se tonou Marechal) e seus ensinamentos na forma como tratar os índios bem como a criação do SPI e a FUNAI.
Foi indicado à´para ser avaliado para a presidência da Funai devido fato de de um grande segmento da população indígena apoiar seu trabalho de combate às drogas, tráfico ilegal de armas, animais silvestres, madeira, garimpo ilegal em terras indígenas e por apoiar à prestação de assistência cívico social às comunidades carentes da região amazônica.
Um militar,descendente de indígena, que tem trabalhado com o Exército em proveito das populações carentes da Amazônia.

SEM DÚVIDAS, A PESSOA MAIS PREPARADA PARA ASSUMIR A PRESIDÊNCIA A FUNAI