segunda-feira, 12 de novembro de 2012

BELO MONTE PAROU DE NOVO!!


Uma série de protestos de trabalhadores do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras da hidrelétrica, que iniciaram na noite da última sexta, 9, e se estenderam até a noite de domingo, destruiu instalações e equipamentos dos canteiros de Belo monte e Pimental e inviabilizou a continuidade dos trabalhos nesta segunda, 12.
A rebelião de sexta, que ateou fogo em cinco galpões do sitio Belo monte, se estendeu para o sitio Pimental no sábado, atingindo equipamentos e instalações, retornando a Belo Monte na noite de domingo com mais incêndios nos alojamentos. Segundo nota do CCBM, foram destruídas instalações de refeitórios, alojamentos, áreas de lazer, escritórios e oficinas.
Nesta segunda, manifestantes ainda bloquearam a  Rodovia Transamazônica, ateando fogo em um ônibus e impedindo o acesso aos canteiros de obras e a retirada dos funcionários.
Apesar de ter anunciado, no final de semana, que os trabalhos seriam retomados na segunda sob pena de demissão sumária, o CCBM acabou forçado a paralisar as obras em todos os  canteiros (Belo Monte, Canais e Diques e Pimental). De acordo com lideranças dos trabalhadores, muitos dos operários que moram fora de Altamira estão sendo mandados para casa por tempo indeterminado.
“Estamos em greve. É uma greve da base, já que não há acordo com o sindicato. E é claro que, depois dos protestos, não há condição alguma de retomada dos trabalhos. Mas acreditamos que a  iniciativa de mandar os operários pra casa é uma forma de tentar enfraquecer o movimento grevista. O que garantimos que não vai acontecer!”, explica um trabalhador.
Segundo os trabalhadores, não houve avanço na negociação das reivindicações trabalhistas, como aumento salarial acima dos 11% oferecidos, equiparação salarial entre os canteiros de obras, e mudança de regras da baixada (folga para visitar as famílias)
Veja fotos do sitio Belo monte após protesto deste domingo








Fonte: Xingu Vivo

Ponto: Segundo informações, dois operários morreram queimados, mas o fato ainda não fora confirmado.


Canteiros de obra de Belo Monte são incendiados e destruídos


Os canteiros de obra Belo Monte e Pimental, os dois mais importantes da hidrelétrica, foram palco de revolta de operários nesta sexta (9) e sábado (10) em função de problemas trabalhistas e desacordos com a proposta de aumento salarial apresentado pelo Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM).
A primeira ação ocorreu na noite de sexta, quando foram incendiados quatro galpões do almoxarifado após a informação de que o aumento proposto pela empresa seria de apenas 7% (veja video do incêndio).
Já no sábado, os protestos tomaram conta do canteiro de Pimental, que, de acordo com uma liderança dos trabalhadores, teve instalações e alojamentos destruídos. “Por volta das 16 h, o Sindicato da Construção Pesada do Pará (Sintrapav) foi ao Pimental e anunciou que havia fechado um acordo com o CCBM de aumento de 11%. Em nenhum momento esta proposta foi discutida com as bases, foi um acordo a portas fechadas entre sindicato e empresa, e os operários se revoltaram. Aí houve um quebra geral”, explica o trabalhador Emiliano de Oliveira.
De acordo com Oliveira, o sindicato foi expulso do canteiro juntamente com toda a equipe administrativa do Sitio Pimental, mas houve uma rápida intervenção da Polícia Militar e da Força Nacional de Segurança. “Ocorreram prisões e sabemos que há trabalhadores feridos, mas estamos sem nenhum apoio do sindicato e não sabemos quantos são, quem são e onde estão”, afirma o trabalhador.
Reivindicações
Segundo os trabalhadores, a categoria tem três reivindicações principais, que não foram negociadas ainda pelo sindicato: aumento salarial acima do oferecido – já que, segundo a categoria, a inflação em Altamira chegou aos 30% em 2012 -, equiparação salarial entre os canteiros de obras – há denúncias de que operários com a mesma função recebem salários diferentes nos canteiros de Pimental e Belo Monte -, e mudança de regras da baixada (folga para visitar as famílias). “O aumento que estão oferecendo é ridículo. Pode até ser que a inflação no país tenha sido de cerca de 5%, mas em Altamira a coisa é diferente. Um prato feito chega a custar 17 reais. A situação está catastrófica, os preços estão estratosféricos”, diz um trabalhador.
Sem solução desde as paralisações do início deste ano, de acordo com os operários de Belo Monte a baixada continua diferenciada em relação às demais obras do PAC. “Enquanto em todas as demais obras a baixada de 10 dias acontece a cada três meses, em Belo Monte eles só nos liberam de meio em meio ano. Também só têm baixada os profissionais como pedreiro, motorista, carpinteiro. Ajudantes e serventes não têm esse direito. E agora o CCBM quer mudar as regras e só pagar passagem de avião pra quem mora a mais de 1500 km de Belo Monte. Os outros teriam que ir de ônibus, o que só de ida e volta come mais da matade da baixada, em muitos casos”, explica Oliveira.
Clima tenso
Segundo os trabalhadores, as forças policiais continuam guardando o canteiro de Pimental, mas o CCBM já teria avisado que todos os operários devem retomar as atividades nesta segunda, sob pena de demissão sumária. “O problema é que Pimental está destruído, não tem como trabalhar. Na prática o canteiro já está em greve. Mas o clima está muito pesado, helicópteros da policia sobrevoam seguidamente a cidade de Altamira, e estamos sem proteção nenhuma do sindicato”, afirma um trabalhador. Segundo lideranças da categoria, ainda não há uma posição oficial do sindicato frente às reivindicações dos operários, e não está descartada uma greve geral a partir desta semana.
Fonte: Xingu Vivo

NINJAS DO XINGU: um filme escrito, dirigido e estrelado pela garotada que ocupou a ensecadeira de Belo Monte


De 17 de setembro a 17 de outubro, mulheres, homens e crianças afetados por Belo Monte fizeram um longo protesto contra a hidrelétrica. Foram montados acampamentos em várias ilhas, houve o trancamento do Xingu e, por fim, a ocupação da ensecadeira do sítio Pimental, que está prestes a barrar definitivamente o rio.
Neste período, um grupo de crianças indígenas e ribeirinhas escreveram, produziram e estrelaram um filme com a sua versão dos acontecimentos. Veja aqui os Ninjas do Xingu
Fonte: Xingu Vivo

domingo, 11 de novembro de 2012

BELO MONTE ABRE CAMINHO PARA GARIMPO BILIONÁRIO NO RIO XINGU


A hidroelétrica de Belo Monte vai abrir caminho para um grande projeto de exploração de ouro na Volta Grande do Rio Xingu, o trecho que será mais impactado pela obra, com a perda de até 80% de sua vazão. A companhia Belo Sun Mining Corporation, com sede no Canadá, apresenta o empreendimento como o “maior projeto de ouro em desenvolvimento no Brasil”.
A previsão é de um investimento total de pouco mais de US$ 1 bilhão e de que, em 11 anos de operação, deverão ser produzidas 51,2 toneladas de ouro, uma média de 4,6 toneladas de ouro por ano.
O Ministério Público Federal (MPF) em Altamira (PA) já começou a investigar o projeto Belo Sun Mining, que está sendo licenciado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará (Sema).
O Relatório de Impacto Ambiental (Rima) do projeto, no entanto, não leva em consideração a barragem e por isso não avalia os impactos cumulativos que um empreendimento desse porte poderá causar numa região sob severo dano ambiental.
A hidrelétrica só é mencionada na parte sobre fornecimento de energia, mas na verdade a mudança na vazão e no curso do rio vai viabilizar a implantação da mina pela Belo Sun Mining Corporation.
A procuradora da República Thais Santi questiona a realização de um empreendimento desse porte em uma área já fragilizada com a instalação da usina de Belo Monte, justamente a região que é afetada pelo desvio da vazão do Xingu para alimentar as turbinas da hidrelétrica.
O MPF questiona a ausência de informações sobre impactos aos indígenas na Volta Grande. Não há estudos e a Fundação Nacional do Índio (Funai) sequer foi consultada para o licenciamento.
O MPF solicitou ao Departamento Nacional de Produção Mineral informações sobre as licenças de exploração que a empresa Belo Sun Mining Corporation tenha na região do Xingu. De acordo com o site da empresa, trata-se de um empreendimento com sede no Canadá e “portfolio” no Brasil.
- Belo Sun Mining está pesquisando ouro ao longo dos cinturões mais ricos em minério no norte do Brasil, uma região com vasta riqueza mineral e uma indústria mineradora vibrante e moderna. O Brasil tem uma indústria de mineração de importância mundial com um potencial de exploração considerável. O Brasil também tem clima político favorável, com um código de mineração recentemente modernizado e, apesar destas condições geológicas, permanece largamente inexplorado – diz o site da empresa na internet.
A companhia informa que detém os direitos de pesquisa e lavra em uma área de 1.305 quilômetros quadrados que é conhecida pela mineração artesanal. É uma das preocupações do MPF, já que, de acordo com os moradores das ilhas da Volta Grande do Xingu, eles ainda detém os direitos de lavra na região.

Índios protestam contra projeto que dá ao Congresso poder de demarcar terras


Publicado em 08/11/2012

Vestidos com traje tradicionais, com rostos pintados, chocalhos nas mãos e entoando canções de protesto, cerca de 250 indígenas percorreram o Salão Verde da Câmara nesta quinta-feira (8).

O manifesto é contra possíveis avanços na Casa da proposta que altera a Constituição e transfere da União para o Congresso a prerrogativa de aprovar e ratificar a demarcação das terras indígenas.


"Com a bancada ruralista que está ai, nunca mais vamos conseguir demarcar terras indígenas", disse Sonia Guajajaras, uma das representantes do grupo indígena.
Segundo ela, outro tema que também causa apreensão aos indígenas é a portaria 303/2012, de autoria da AGU (Advocacia Geral da União). "A portaria traz vários limites para o usufruto dos povos indígenas, além de instalar empreendimentos em nossas terras sem que nós possamos ser consultados", afirmou Guajajaras.

Segundo ela, após encontro com o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) e com o ministro Luís Inácio Adams (AGU), recebeu a garantia de que a portaria não será publicada enquanto o STF (Supremo Tribunal Federal) não decidir sobre a questão da demarcação de terras indígenas.

Atualmente, o Supremo precisa concluir a análise de recursos envolvendo a demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

De acordo com os manifestantes estavam presentes no manifesto povos da Estados do Amazonas, Maranhão e Mato Grosso do Sul.

Fonte com mais fotos AQUI

Índio morreu com três tiros, afirma polícia do Pará



Um laudo feito a pedido da Polícia Civil do Pará atestou que o índio Adenílson Munduruku, 28, morreu em decorrência de três ferimentos provocados por arma de fogo.

Líderes da etnia apontam um delegado da Polícia Federal como responsável pelos disparos e dizem que Adenílson, enterrado ontem em Jacareacanga (PA), foi "executado" durante confronto com a PF na quarta-feira, na divisa entre Mato Grosso e Pará.



"Eles atiraram nas pernas, para que ele não pudesse fugir, e depois deram um tiro na cabeça para matar", afirmou Adonias Kaba, índio mundurucu que é vereador pelo PSDB em Jacareacanga.

Anteontem, Kaba integrou uma comissão que esteve na aldeia Teles Pires, onde Adenílson vivia. Segundo ele, o clima é de "medo e tristeza".

"Estão todos em choque, sem saber o que mais vai acontecer. A polícia invadiu a aldeia e atirou nas casas, jogou bomba", disse.

Segundo ele, o único gerador de energia e todas as canoas e embarcações a motor da comunidade foram inutilizadas. "Fuzilaram as canoas. Ninguém pode pescar."

O vereador disse que há na aldeia testemunhas da morte de Adenílson. "Eles viram quando o delegado atirou e o índio caiu no rio e afundou. Agora o que queremos é investigação séria e justiça."

Segundo a coordenação local da Funai (Fundação Nacional do Índio), um relatório sobre o episódio seria encaminhado ontem ao comando do órgão em Brasília.
"Além do laudo cadavérico, vamos encaminhar depoimentos de vários índios da etnia", disse o coordenador da Funai Raineri Quintino.

O confronto entre índios e PF ocorreu durante uma das ações previstas na decisão judicial que deflagrou a Operação Eldorado, que desarticulou um esquema de exploração ilegal de ouro na região.

Ontem, em nota, a PF disse ter sido vítima de uma "emboscada" dos índios, após uma reunião de quatro horas no dia anterior na qual haviam chegado a um acordo sobre a operação.

"O líder indígena atacou o coordenador da operação, dando golpe de borduna em seu ombro. Mais de cem índios 'pintados para a guerra' atacaram com armas de fogo e arcos e flechas cerca de 35 policiais", disse o texto.
Segundo a PF, um grampo telefônico "comprova que havia intenção do líder indígena em atacar os policiais".

No confronto, ainda segundo a nota, os policiais usaram bombas de gás para proteção pessoal e, em seguida, "a força necessária".

A PF nada disse sobre a morte do índio. Afirmou apenas que, até o momento, há um saldo de nove feridos: seis índios e três policiais. Em razão do conflito, 19 índios foram detidos e depois liberados. A PF diz que apreendeu 15 armas de calibres diversos, além de bordunas, arcos, flechas e facões.
Balsa supostamente usada na extração ilegal de ouro no rio Teles Pires
foi explodida pela PF durante a operação que resultou o confronto

Índia chora a morte do marido Adenilson Munduruku

Fonte: Folha de S. Paulo

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

OFICIAIS DE JUSTIÇA FEDERAIS E ESTADUAIS INDUZEM JUIZES A ERROS EM PROCESSOS CONTRA INDIOS

ENTENDA O CASO: 

MOVIMENTO INDIGENA DE RENOVAÇÃO E REFLEXÃO DO ESTADO DO AMAZONAS-MIRREAM DENUNCIA OFICAIS DA JUSTIÇA ESTADUAL E FEDERAL

AGORA A QUADRILHA ESPECIALIZADA EM ARREMATAR TERRAS POR VALORES ABAIXO DO DE MERCADO E JA DENUNCIADA POR ESSE MOVIMENTO INDIGENA AGORA ESTA CONTANDO COM AVAL DE OFICIAIS DE JUSTIÇA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS (DANILO LOPES DE BRITO E JOSÉ MAURICIO GOUVEIA) PARA INDUZIR UMA JUIZA DO TJ AM AO ERRO/6 VARA CIVEL E DE ACIDENTES DE TRABALHO ( Dra. ALESSANDRA CRISTINA RAPOSO DE CÂMARA GONDIM) RELATANDO PARA O TJ AM, QUE, NA AREA (TARUMÃ) HA PESSOAS DECONHECIDAS (NÃO INDIOS) E AGINDO DE FORMA AGRESSIVA, DIZENDO QUE OS MORADORES TEEM ATÉ 14/11/2012 AS 7 HORAS DA MANHÃ PARA SE RETIRAREM OU O MESMO IRA TIRA-LOS A BALA, POIS, SEGUNDO RELATO DE VARIOS PARENTES INDIGENAS, ELE (GOUVEIA, O MAIS AGRESSIVO) DISSE ACOMPANHADO PELA GUARNIÇÃO DA POLICIA MILITAR (ESCOLTADO POR DUAS VIATURAS DA ROCAM, SEM PRECISAR), QUE, INDIO E MERDA PRA ELE É A MESMA COISA, E QUE, QUER VER SE TEM CACIQUES MACHOS MESMO, PARA ENFRENTA-LO, INDIO TEM QUE VIVER NO MATO IGUAL MACACO COMO ANIMAL, VOCÊS (INDIOS) VEM BAGUNÇAR NA CIDADE, AQUI EU SOU A LEI E MANDO E DESMANDO, VOCÊS SÓ PEGARAM BABACAS DOS OUTROS TRIBUNAIS ATÉ AGORA AQUI EM MANAUS, COMIGO OU SAI OU MORRE!!!

APÓS INVESTIDAS SEM EXITOS JUNTO A JUTIÇA FEDERAL E JUSTIÇA DO TRABALHO (CONFORME RELATO ABAIXO) A QUADRILHA DE CRIMINOSOS ENCABEÇADA POR EVERTON LEZILDO MUNIZ INGRESSOU NA JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS VIA CIDADÃ EVANIZE MENDONÇA PREPOSTA DO ESPOLIO DO FINADO MERVYN LOWE (CIDADÃO CHINÊS, GRILEIRO DE TERRAS JA DENUCIADO NO CNJ, FALECIDO) COM O PROCESSO 0213534-22.2012.8.04.0001 LINNK NO TJ AM: http://consultasaj.tjam.jus.br/cpopg/show.do?processo.codigo=01001HDLI0000&processo.foro=1&dadosConsulta.localPesquisa.cdLocal=-1&cbPesquisa=NMPARTE&dadosConsulta.tipoNuProcesso=UNIFICADO&dadosConsulta.valorConsulta=MERVYN+LOWE&vlCaptcha=pSirv&paginaConsulta=1 ; SENDO QUE A MESMA (EVANIZE) LOTEOU TODA A TERRA EM QUESTÃO E DESTINOU O LOTE NOVE (09) PARA AREA VERDE FICANDO O MESMO SOB DOMINIO DA PREFEITURA DE MANAUS-PMM/SEMMAS, ORA, SE O SUPRACITADO LOTE É DE DOMINIO DA PMM E JA ESTA SUB-JUDICE NA ESFERA FEDERAL (3 VARA FEDERAL, http://processual.trf1.gov.br/consultaProcessual/processo.php?proc=77942720114013200&secao=AM&nome=JAIR+CORDOVIL+TRINDADE&mostrarBaixados=N) E NA JUSTIÇA DO TRABALHO (9 VARA TRT 11, SOB O NUMERO 4175, ANO 2004), SENDO OS DOIS PRCESSOS FEDERAIS MAIS ANTIGOS QUE O PROCESSO ESTADUAL E COM CERTEZA A EXCELENTISSIMA JUIZA ESTADUAL NÃO TEM CONHECIMENTO DO FATOS AQUI RELATADOS, FORMOU-SE ENTÃO, UM EMBROLHO JURIDICO (HÁ TRÊS PROCESSOS TRAMITANDO PARA A MESMA GLEBA DE TERRAS E COM DECISÕES DOS TRIBUNAIS FEDERAIS/TRF1/TRT11 PELA PERMANÊNCIA POR HORA DOS INDIOS NO LOCAL) COM A COMUNIDADE INDIGENA QUE MORA NO LOCAL, BAIRRO DAS NAÇÕES INDIGENAS- PARAISO TROPICAL/ TARUMÃ, PROXIMO AO SIVAM.


E-MAIL ENVIADO PARA AS AUTORIDADES NACIONAIS E INTERNACIONAIS

PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS URGENTE CONTRA QUADRILHA INSTALADA NO TRT/11.


CRONOLOGIA DOS FATOS:

30/03/2011 FOI REALIZADO NO AUDITÓRIO DA PREFEITURA DE MANAUS O PRIMEIRO MANIFESTO ÍNDIGENA DO ESTADO DO AMAZONAS DO MOVIMENTO INDIGENA DE RENOVAÇÃO E REFLEXÃO DO ESTADO DO AMAZONAS (MIRREAM) PARA CLAMAR DIANTE DO PODER PÚBLICO E DA SOCIEDADE POLITICAS PÚBLICAS PERENES (HABITAÇÃO, SAÚDE, EDUCAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL) PARA OS INDIOS DO ESTADO DO AMAZONAS E DO BRASIL, FORAM CONVIDADAS TODAS AS AUTORIDADES BRASILEIRAS A VIREM PARTICIPAR DO EVENTO, PORÉM APENAS A PRESIDENTE DILMA ROUSSEF E O GOVERNADOR OMAR AZIZ PEDIRAM DESCULPAS POR NÃO PODER VIR DEVIDO A MORTE A ÉPOCA DO VICE-PREIDENTE JOSÉ ALENCAR, JÁ AS DEMAIS AUTORIDADES IGNORARAM O EVENTO DE SUMA IMPORTÂNCIA PARA AS NAÇÕES INDIGENAS DO AMAZONAS E DO BRASIL.

18/04/2011 EM FORMA DE PROTESTO O MIRREAM OCUPOU INICIALMENTE COM 200 FAMILIAS INDIGENAS UMA AREA VERDE DE TERRA NO TARUMÃ , LOTEAMENTO PARAISO TROPICAL PROXIMO AO SIVAM, TERRENO ESTE QUE É DE DOMINIO DA PREFEITURA DE MANAUS, PARA PODER SER OUVIDO E VISTO POR AQUELES QUE DEVERIAM ZELAR PELAS QUESTÕES DOS INDIOS BRASILEIROS.

25/05/2011 SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE (SEMMA) ENTRE COM PEDIDO DE REITEGRAÇÃO DE POSSE E APLICAÇÃO DE MULTA CONTRA A FUNAI NA 6 VARA DA JUSTIÇA FEDERAL/TRF1 COM NUMERO 0006998-36.2011.4.01.3200 ONDE NO DIA 03/06/2011 FOI INDEFRIDO PELA Dra. MARIA GURGEL ROCHA DE PAIVA E SALES.

06/06/2011 SEMMAS PEDE REINTEGRAÇÃO DE POSSE NA 7 VARA DA JUSTIÇA FEDERAL/TRF1 COM NUMERO 2794-27.2011.4.01.3200 CONTRA OS LIDERES DO MIRREAM NA OCUPAÇÃO: JAIR MIRANHA, MESSIAS KOKAMA, SEBASTIÃO KOKAMA, PAULO APURINÃ E NATTY TUKANO, ONDE NO DIA 07/07/2011 DR. JUIZ DIMIS DA COSTA BRAGA INDEFERIU O PEDIDO POR HORA ATÉ QUE HAJA LEVANTAMENTO TOTAL DO MÉRITO DA QUESTÃO, PROCESSO ESTE QUE TRAMITA ATÉ OS DIAS DE HOJE!!!

10/07/2011 OUVE UMA REUNIÃO NO PALÁCIO DO PLANALTO ONDE FOI FIRMADO ACORDO ENTRE MIRREAM, CASA CIVIL E SECRETARIA GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA QUE TODOS INDIOS BRASILEIROS QUE MORAM NAS CIDADES SERIAM INCLUIDOS NO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA FAR ENTIDADES DE 0 A 3 ONDE ESSAS FAMILIAS PODERIAM NO FUTURO SEREM INCLUIDAS E COMTEMPLADAS.

26/08/2011 O OFICIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO JOSUÉ PEREIRA CASTILHO COMEÇA SUA INVESTIDA COM INTERESSE NA AREA VERDE DE TERRA QUE ESTA OCUPADA PELO MIRREAM TENTANDO APLICAR DESCARADAMENTE UMA DECISÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO TRT/11 EM AREA DIVERSA DA REFERIDA DECISÃO E O DITO OFICIAL ENCONTRA RESISTÊNCIA POR PARTE DO LIDER A ÉPOCA SEBASTIÃO KOKAMA CONFORME FLS 404, DO PROCESSO NUMERO 04175-4004-009-11-00-5/TRT/11.

28/09/2011 CONFORME ACORDO FIRMADO TODOS OS INDIOS QUE MORAM NAS CIDADES PASSAM A FAZER PARTE DO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA SEGUNDO RESOLUÇÃO DO 034 DO MINISTÉRIO DAS CIDADES, DE 28/09/2011, Art. 12.1.3 ONDE AINDA FICAM AS ENTIDADES DISPENSADAS DA FASE DE HABILITAÇÃO.

13/09/2011 DENTRO DA FUNAI NA MAIOR CARA DE PAU FOI FIRMADO UM ACORDO FLS. 414 DO PROCESSO 04175-4004-009-11-00-5/TRT/11, SEM ALGUM CONSENTIMENTO DOS LIDERES PRINCIPAIS DO MIRREAM E ARROLADOS NO PROCESSO 7794-27.2011.4.01.3200 PARA QUE O MIRREAM SAISSE DO TERRENO DA SEMMAS E DEIXASSE DO NADA SEM EXPLICAÇÕES ALGUMA A SEUS MEMBROS E ABANDONASSE OS MESMOS A MERCÊ DA SORTE POIS O TRT/11 ESTARIA COM A RAZÃO, ACORDO ESTE FEITO PELOS SENHORES ISAEL MUNDURUKU, SEBASTIÃO KOKAMA, EVERTON LEZILDO MUNIZ (LARANJA DE EMERSOM) E JOSUÉ PEREIRA CASTILHO (OFICIAL DENUNCIADO).


25/10/2011 O LIDER PAULO APURINÃ FAZ COMUNICAÇÃO ESCRITA FLS. 411 AO TRT/11 NO PROCESSO DE NUMERO 04175-4004-009-11-00-5 QUE A DECISÃO NÃO PODE SER CUMPRIDA NA AREA VERDE DE TERRA DA SEMMAS POIS SE TRATA DE AREA DIVERSA DA QUESTÃO TRABALHISTA, POIS, A AREA QUE SE REFERE A TERRA DE DOMINIO DO RIO NEGRO CLUBE FICA A 200 METROS DA MARGEM ESQUERDA DA ESTRADA DO TARUMÃ E A TERRA DA SEMMAS ORA OCUPADA PELO MIRREAM FICA A 1800 METROS A MARGEM DIREITA DA MESMA ESTRADA.

26/10/2011 JOSUÉ PEREIRA CASTILHO OFICIAL DE JUSTIÇA DO TRT/11 FORJA CERTIDÃO CONTRA JAIR MIRANHA E PAULO APURINÃ E ANEXA A MESMA NO TCO N. 0028/2011-4 - SR/DPF/AM FLS. 15, E NO PROCESSO 04175-4004-009-11-00-5/TRT/11 FLS. 414 INVENTANDO QUE OS MESMOS DESCUPRIRAM ORDEM JUDICIAL DO TRT/11.


24/11/2011 INDUZIDA AO ERRO POR UMA QUADRILHA QUE AGE DENTRO DO TRT/11 EM MANAUS FORMADA POR: EVERTON LEZILDO MUNIZ, EMERSOM, CAUBY, ROZILENO (DIRETOR DA 9 VARA DO TRABALHO), JOSUÉ PEREIRA CASTILHO (OFICIAL DE JUSTIÇA), ISAEL MUNDURUKU E SEBASTIÃO KOKAMA ( SABÁ KOKAMA E ISAEL MUNDURUKU PEGARAM 35 MIL PARA SE JUNTAREM A QUADRILHA), A JUIZA ADRIANA LIMA DE QUEIROZ EXPEDIU SEM O CONHECIMENTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO E SEM TER LIDO A COMUNICAÇÃO FEITA PELO LIDER DO MIRREAM PAULO APURINÃ A ORDEM DE ENTREGA DE BENS EM LOCAL DIVERSO DE QUE TRATA TAL PROCESSO TRABALHISTA 04175-4004-009-11-00-5/TRT/11 FLS. 424.

28/10/2011 JAIR MIRANHA, MESSIAS KOKAMA E PAULO APURINÃ DENUNCIAM A REFERIDA QUADRILHA DO TRT11 AO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL DO AMAZONAS NO GABINETE DO 5 OFICIO PARA O Dr. ELOY FRANCISCO ZATTI FACCIONI, DENUNCIA NUMERO 22536/2011-MPF/AM, DENUNCIA JA REMETIDA A POLICIA FEDERAL PARA TOMADA DE PROVIDÊNCIAS. NESTE MESMO DIA ISAEL A MANDO DE EVERTOM E SUA QUADRILHA DENTRO DA SEDE DO MPF/AM FAZ UMA PROPOSTA DE R$ 100.000.00 (CEM MIL REIAS) PARA OS LIDERES DO MIRREAM SAIREM DA TERRA E ESQUECEREM O ASSUNTO.

01/12/2011 JAIR MIRANHA, MESSIAS KOKAMA E PAULO APURINÃ DENUNCIAM A QUADRILHA INSTALADA NO TRT/11 AO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO EM MANAUS NO GABINETE DA SUB-PROCURADORA CHEFE DO PRT/11 Dra. ALZIRA MELO COSTA.



02/12/2011 JOSUÉ PEREIRA CASTILHO AS 10 HORAS DA MANHÃ CUMPRE MANDADO DE ENTREGA DE BENS NO TERRENO DA SEMMAS (AREA VERDE) APÓS INDUZIR JUIZA FEDERAL DO TRABALHO AO ERRO CONFORME NOTICIAS EM LINKS ABAIXO:

http://acritica.uol.com.br/amazonia/Amazonia-Amazonas-Manaus-Familias-indigenas-retiradas-invadido-Taruma_0_601739959.html

http://acritica.uol.com.br/manaus/Reintegracao-suspensa-barracos-indios-destruida-Noticias-Jornalismo-A_Critica_na_TV-Manaus-Amazonas_3_601769839.html

http://acritica.uol.com.br/manaus/Reintegracao-posse-suspensa-Taruma-Amazonia-Amazonas-Manaus_0_602339821.html


02/12/2011 O MPT-PRT/11 PEDE VISTA NO PROCESSO E É SUSPENSA A ENTREGA DE BEM PELO TRT/11, 9 VARA, FLS. 427 PROCESSO NUMERO 04175-4004-009-11-00-5/TRT/11.


A 9 VARA DO TRABALHO PAROU DE PUBLICAR SEUS EXPEDIENTES NA INTERNET REFERENTES AO PROCESSO 04175-4004-009-11-00-5/TRT/11 SEM EXPLICAÇÃO ALGUMA DESDE O DIA 29/02/2012 SENDO QUE A TRAMITAÇÃO DO REFERIDO PROCESSO CONSTA ATÉ O DIA 29/06/2012 POREM SEM ANEXOS DE EXPEDIENTE, O QUÊ SINISTRAMENTE OCORRE A REVELIA DOS INTERESSADOS E QUE É DE CONTRA A LEI, POIS SÓ INTERESSA ESSA FORMA ESCUSA A QUEM AGE COM DOLO DENTRO DO TRT/11.



08/07/2012 ISAEL MUNDURUKU A MANDO DE EVERTON E SUA QUADRILHA PROCURA OS LIDERES DO MIRREAM E OFERECE R$ 200.000.00 (DUZENTOS MIL REIAS) PARA O MIRREAM SAIR DO TERRENO E FICAREM CALADOS.

O MIRREAM JA LOCALIZOU O TERRENO ORIGINAL DO PROCESSO NO TRT/11 E VERIFICAMOS QUE HA PESSOAS QUE MORAM ALI A PELO MENOS VINTE ANOS E JA INFORMAMOS TANTO A 9 VARA DO TRABALHO TRT/11 QUANTO AO ARREMATANTE (EVERTON).

NÓS DO MIRREAM PEDIMOS QUE AS AUTORIDADES BRASILEIRAS (MPF, PF E MPT) JA ACIONADAS QUE ENTREM DE FORMA MAIS RAPIDA NESTE CASO PARA QUE PESSOAS QUE SUJAM A IMAGEM DE UM TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO TRABALHO SEJAM ACIONADO PERANTE A LEI BRASILEIRA E PAGUEM POR SEUS CRIMES E PARA QUE NÃO OCORRA UMA CHACINA COM OS INDIGENAS QUE MORAM NO REFERIDO LOCAL.

DIANTE DO EXPOSTO, ESTE MOVIMENTO PEDE OBSERVAÇÃO DE TODA SOCIEDADE BRASILEIRA E MUNDIAL PARA O ASSUNTO.

CORDIALMENTE


300 FAMILIAS QUE MORAM NO LOCAL MEMBROS DO MIRREAM


DOCUMENTO DO MIRREAM ENVIADO A NOSSA REDAÇÃO E ASSINADO PELOS 360 CACIQUES AQUI DO AMAZONAS E DE TODA AS PARTES DO BRASIL QUE COMPOEM ESTE MOVIMENTO INDIGENA RECONHECIDO A NIVEL MUNDIAL





Diretamente do MIRREAM ( Movimento Indígena de Renovação e Reflexão do Estado do Amazonas


Enviado por Paulo Apurinã ( presidente da organização

Delegado da Policia Federal mata indio com varios tiros no peito em conflito no Pará

O conflito ocorrido nesta quarta-feira, 7, envolvendo índios Munduruku da Aldeia Teles Pires, fronteira entre Pará e Maranhão, e a Polícia Federal do Brasil, é mais um capítulo de uma novela pautada pelo descaso, violência e destruição das terras e dos povos indígenas. Saldo até agora conhecido: vários índios gravemente feridos; crianças, idosos e mulheres ameaçados e humilhados pelos agentes federais; e um Munduruku assassinado com quatro tiros no peito e um na cabeça.
No final do século XV, antes mesmo da chegada dos portugueses, os espanhóis já haviam tocado a foz do rio Amazonas, levando ao partir algumas dezenas de indígenas para serem vendidos como escravos na Europa.
No final do século XVI, ingleses e holandeses também passaram a convergir sobre esta região com o objetivo de explorar seus recursos naturais. Como inicialmente não foi encontrado ouro ou prata, partiu-se para a exploração dos recursos vegetais, bem como captura dos indígenas para trabalharem como escravos.
500 anos se passaram desde a chegada européia a pindorama, mas o confronto de ontem repete o que ocorria no inicio da invasão. Índio (Munduruku) com flecha defendendo o seu território, e branco (Policial federal) com arma de fogo abatendo quem encontrava pelo caminho.
Por trás de toda esta situação estão os interesses de empresários, ávidos pelos recursos minerais em terras indígenas; latifundiários do agronegócio; empreiteiras construtoras de mega-hidrelétricas nos rios Teles Pires, Xingu e Madeira (o Tapajós é a bola da vez), entre outros. O governo brasileiro dá sustentação ao projeto do capital para a natureza, projeto de exaustão das riquezas naturais da Amazônia, e do mundo.
Por tudo isso, responsabilizamos o governo pelo ocorrido na aldeia Teles Pires. Exigimos que os fatos sejam apurados e os culpados pelos ataques e assassinato do índio Munduruku sejam criminalmente penalizados. Por fim, reiteramos nossa denuncia contra o projeto do governo do Brasil. Projeto de destruição da floresta, dos rios e da vida na Amazônia.
Belém, 08 de novembro de 2012
Assinam este manifesto:
Associação Indígena Tembé de Santa Maria do Pará (AITESAMPA)
Comissão Pastora da Terra (CPT/PA)
Comitê Dorothy
Companhia Papo Show
Juntos! Coletivo de Juventude
Central Sindical e Popular CONLUTAS
Diretório Central dos Estudantes da UFPA
Associação Paraense de Apoio às Comunidades Carentes (APACC)
Diretório Central dos Estudantes da UNAMA
Instituto Universidade Popular (UNIPOP)
Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense (FMAP)
Fundação Tocaia (FunTocaia)
Conselho Indigenista Missionário Regional Norte II (CIMI)
Fórum da Amazônia Oriental (FAOR)
TÔ!Coletivo
Fórum Social Pan-amazônico (FSPA)
Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (AEBA)
Instituto Amazônia Solidária e Sustentável (IAMAS)
Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade do Estado do Pará (MMCC-PA)
Movimento Luta de Classes (MLC)
Associação Sindical Unidos Pra Lutar
Mana-Maní Círculo Aberto de Comunicação, Educação e Cultura
Movimento Hip-Hop da Floresta (MHF/NRP)
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
Instituto Amazônico de Planejamento, Gestão Urbana e Ambiental (IAGUA)
Diretório Central dos Estudantes da UEPA
Partido Comunista Revolucionário (PCR)
Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH)
Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal do Pará (SINTSEP/PA)
Movimento Estudantil Vamos à Luta
Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN)
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU)
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Gestão Ambiental do Estado do Pará (SINDIAMBIENTAL)
Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Ananindeua e Marituba (SINTRAM)
Vegetarianos em Movimento (VEM)
Assembléia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL)
Associação dos Concursados do Pará (ASCONPA)
Pastorais Sociais Ampliadas da Diocese de Marabá
Associação Indígena Te Mempapytarkate Akrãtikatêjê da Montanha
Movimento Xingu Vivo Para Sempre
Movimento de Mulheres Trabalhadoras de Altamira Campo e Cidade
Movimento Negro da Transamazônica e Xingu,
Movimento de Mulheres Campo e Cidade Regional Transamazônica e Xingu
Mutirão Pela Cidadania
Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Belém e Ananindeua
Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Fórum Nacional da Sociedade Civil nos Comitês de Bacias Hidrográficas (FONASC-CBH)
Instituto Humanitas – Belém/PA
Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (CEDENPA)
Comitê Xingu Vivo                                                                                                                                                                                             Frente de Ação Pro-Xingu  
Tribunal Popular


COMUNICADO | COMUNIDADE INDÍGENA TELES PIRES


Conforme informações repassadas por indígenas do Posto Indígena Teles Pires diretamente para os indígenas parentes, na sede do município de Jacareacanga, ocorreu naquela  aldeia (TELES PIRES) intervenção de Agentes da Policia Federal justificado, para dar-se cumprimento a Operação denominada Eldorado, que visa conter e paralisar a atividade garimpeira na região.

-Uma equipe composta por dezenas de policiais, chegou à aldeia por volta das  oito horas  deste dia (07) fortemente armada, conduzida por um grande aparato de transporte que consistia em helicóptero, voadeiras, quando ocorreu o sobrevoo de helicóptero, causou pânico na aldeia com parte da comunidade embrenhando-se na mata, ocasião em que a aldeia ficou quase vazia e ao verem pessoas estranhas invadindo a aldeia, os guerreiros se manifestaram mesmo sem esboçar ameaça em defesa dos seus com simples armas artesanais  da cultura indígena servindo de proteção para o grupo tribal, ato seguido o forte aparato policial deflagrou vários tiros em direção aos indígenas, nesse momento ocorrendo  reação por parte desses que desferiram flechadas contra os invasores resultando em muitos indígenas feridos com balas de borrachas e seis desses com projeteis real. Pelo lado dos Policiais registra informação de um delegado, não confirmada pelos indígenas, que foram atingidos quatro policiais com flechadas, entretanto não ocorrendo vitimas fatais, os feridos foram deslocados para a cidade de Alta Floresta.

-A invasão na aldeia, provocou confusão entre os índios que não sabiam da operação e nunca tinham visto tanto aparato de guerra, com o helicóptero da PF jogando às proximidades da aldeia bombas provavelmente de efeito moral e muitos tiros o que ocasionou pânico entre os indígenas, com muitos velhos desfalecendo na correria ou em fuga, e ainda crianças desesperadas diante da violência que foram alvos. 

-Que foi confirmado a morte de um indígena Adenilson Kirixi munduruku, foi morto a tiro pelo delegado da policia federal, segundo outro indígena que tava perto dele, as policias não quiseram conversa com nimguem, eles teriam descido receber eles para saber oque realmente eles iriam fazer na aldeia, mas infelizmente foram recebidos a tiros, delegado acertou e deu vários tiros no peito do indígena, mesmo ele sem defeza, atirou ate dentro da água.

-A Aldeia está sitiada pela PF,  que controla a comunicação via radio não deixando os indígenas se comunicarem. Essas informações foram repassadas por dois indígenas que fugiram do cerco chegando até uma aldeia próxima para se comunicarem com parentes em Jacareacanga.
-A aldeia está completamente sitiada pelos agentes que para evitar a fuga dos indígenas colocaram minas em vários pontos da aldeia impedindo de saírem para suas roças ou fugirem do local conflitado.

-Mesmo diante da intervenção, os indígenas não sabem a razão desse trabalho pois ninguém ainda esclareceu para os mesmos a motivação da operação. Ao se falar sobre garimpagem, a aldeia não abriga garimpos bem como nenhuma atividade de garimpagem.

-Devido a debandada geral, há crianças desaparecidas na mata, ocorrendo também explosões de equipamentos como maquinários da comunidade entre esses motores de popa que serve unicamente para transporte dos indígenas, voadeiras, rádios, e para espanto geral a pista de pouso foi dinamitada impedindo o uso para retiradas de emergências de indígenas enfermos.
-A intervenção remonta aos tempos da ditadura onde pessoas foram constrangidas moral e fisicamente, com idosos sendo empurrados, mulheres indígenas chamadas de vagabundas e prostitutas.
-A coordenadora da Sesai DSEI-Tapajós (saúde Indígena) Cleidiane Carvalho, preocupada com o estado de  saúde dos indígenas atingidos que encontram-se em Alta Floresta está providenciando uma aeronave para transportar os indígenas feridos para Belém ou Brasília.

 -Os indigenas que moram em Jacareacanga, foram até a Câmara de  Vereadores pedir a composição de uma comissão para ir até o local do conflito avaliar a situação já que uma equipe de lideres indigenas de Jacareacanga que iria até o local de avião foi proibida de pousar, a proibição está estendida a qualquer avião de qualquer instituição. Por isso o apelo dos indígenas em solicitarem aos vereadores que fossem até a aldeia como autoridades constituídas do município.
Jacareacanga, 07 de Novembro de 2.012

O líder e estudante Sandro Munduruku, do Teles Pires, é quem envia o relato.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

MATO GROSSO - Tiroteio entre índios e agentes da PF deixa 6 feridos em aldeia de MT


Confronto ocorreu durante Operação Eldorado no norte de Mato Grosso.
Ação da PF era para destruir dragas usadas na extração ilegal de ouro.


Índios da etnia Mundurukú e agentes da Polícia Federal entraram em confronto nesta quarta-feira (7) na aldeia Teles Pires, localizada na região da cidade de Alta Floresta, a 800 quilômetros de Cuiabá. De acordo com informações da PF, o confronto ocorreu no momento em que os agentes entraram na aldeia para destruir dragas que eram utilizadas para extrair ouro de forma ilegal. A ação faz parte da operação Eldorado, deflagrada nesta terça-feira (6) em Mato Grosso e mais seis estados que culminou na prisão preventiva de 28 suspeitos.

No confronto, dois indígenas foram atingidos por balas de fuzil e outros quatro policiais federais acabaram sendo atacados a flechadas e disparos de arma de fogo. O G1 apurou que os índios foram levados, em estado grave, de helicóptero para atendimento no Hospital Regional de Alta Floresta. Já os agentes da PF receberam os primeiros-socorros ainda no local. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dos agentes.

De acordo com a assessoria de imprensa do Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas), que administra a unidade hospitalar, os indígenas deram entrada no hospital por volta das 12h30 (horário de Mato Grosso) em estado de choque. Um deles precisou receber transfusão de sangue porque sofreu hemorragia após ser atingido pelo disparo.

Ainda de acordo com a assessoria, um deles, em estado mais grave, deve ser transferido ainda nesta quarta-feira de avião para o Hospital Regional de Sorriso. Ele corre risco de ter o braço amputado. Já o outro indígena ferido passou por cirurgia. O estado de saúde dele também é grave. O G1 apurou que a PF vai deslocar para a região do confronto mais agentes e suprimentos.

O coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Alta Floresta, Clóvis Nunes, informou ao G1 que o clima segue tenso na região. Os índios feridos são líderes da aldeia. Segundo ele, o conflito pode ter sido motivado porque os indígenas não querem o fim do garimpo em suas terras. “Lá existe atividade garimpeira feita no leito do rio. Muitas dragas e balsas atuam na região e os índios recebem uma porcentagem dos lucros obtidos pelos garimpeiros”, afirmou Nunes.

Já em relação à presença de armas de fogo na aldeia, Clóvis Nunes disse que tem conhecimento apenas que os indígenas utilizam armas para a caça de animais silvestres. Em nota, a comunidade Indígena Kayabi, onde os Mundurukús estão inseridos, pediu à Funai em Brasília a mediação do conflito. “A referida operação tem acontecido de forma truculenta e causado conflitos com feridos entre indígenas do Povo Mundurukú e agressões a indígenas. Pedimos providências urgentes com a presença de autoridades competentes para mediar e dar uma solução ao conflito”, conforme trecho da nota.

Fonte: portal G1

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Índios articulam criação de novo partido político

Objetivo do Partido Democrático Indígena Brasileiro é participar das políticas públicas

SÃO PAULO - Um grupo de lideranças indígenas articula a criação de um novo partido para defender a causa. É o Partido Democrático Indígena Brasileiro (PDIB) que, segundo seus fundadores, deve ser formalizado até o primeiro semestre do ano que vem.

- "A movimentação está na internet com as lideranças de todas as regiões. Já temos índios caingangues, guaranis, xokleng e xavantes. Mas vamos chegar a todas etnias. Estão todos muito empolgados" – diz Ary Paliano, 52 anos, índio caingague, advogado e servidor da Funai em Santa Catarina. Paliano é um dos articuladores do PDIB.

Segundo ele, a sensação de que a população indígena estaria alijada das decisões sobre a demarcação de terras e políticas públicas é o que motiva a criação do partido. A situação vivida pelos guarani caiová em Mato Grosso do Sul - com disputa por terras e falta de assistência governamental - seria um exemplo dessa dificuldade.
-" Nossa articulação é no sentido da tomada de decisões. O governo toma as decisões referentes aos índios sem levar em conta as nossas posições" – diz Paliano.

Para ele, a simples participação dos índios nos partidos políticos já existentes não resolve o problema:
- "Não conseguimos ter peso político nem nos partidos e nem nos governos. Elegemos alguns vereadores e muito de vez em quando elegemos um prefeito. Ficamos sem poder de pressão. Com um partido próprio, podemos negociar coligações e teremos força nos governos" - diz.

A ‘pressão’ pela causa indígena já deu resultado neste ano. Depois de uma intensa movimentação nas redes sociais, o governo federal e o próprio Congresso passaram a dar atenção especial à situação no Mato Grosso do Sul. Grupos de trabalho foram criados para acompanhar o drama dos índios no sul do estado.

ABERTA

Segundo Paliano, a nova legenda também será aberta a não-índios.
- "Somos democráticos. Temos de estar abertos a quem quiser ajudar"
.
O ativista diz que um grupo de 140 fundadores irá registrar o partido como pessoa jurídica. Depois começa a busca por assinaturas. A Justiça Eleitoral exige 0,5% do total de votantes da última eleição, ou seja, cerca de 500 mil assinaturas, distribuídas por nove estados. Paliano considera que o número é 'facílimo’ de ser obtido.

- "Somos 800 mil índios mais milhares de não-índios que simpatizam com a causa. Aposto que muita gente vai querer assinar."

Fonte: O Globo

NOTA DE REPÚDIO DA ATY GUASU FRENTE À DIVULGAÇÃO DE GUARANI E KAIOWÁ NA REVISTA VEJA


Esta nota das lideranças de Aty Guasu Guarani e Kaiowá visa destacar a importância das manifestações públicas conscientes de cidadão (ã) do Brasil em defesa da vida Guarani e Kaiowá.
Além disso, pretendemos repudiar reiteradamente a divulgação e posição racista e discriminante de jornalista Leonardo Coutinho da REVISTA VEJA .
Observamos que na última semana, REVISTA VEJA divulgou os temas: “VISÃO MEDIEVAL DE ANTROPÓLOGOS DEIXA ÍNDIOS NA PENÚRIA”.
Autor-jornalista é o Leonardo Coutinho.
A princípio, nós lideranças Guarani e Kaiowá entendemos que os cidadãos (ãs) brasileiros (as) merecem respeito, em geral, esperam de um jornalismo democrático um resultado da investigação justa e séria dos fatos para divulgá-los com ética e responsabilidade, demonstrando fielmente versões das partes envolvidas de modo a que a opinião pública possa construir conhecimento isento a respeito do tema divulgado, não é o que se constata na REVISTA VEJA diante da situação do Guarani e Kaiowá em foco.
Em primeiro lugar, constatamos que na divulgação mencionada de REVISTA VEJA há manifestação de racismo, preconceito e discriminação. Assim, fica evidente que o jornalista Leonardo Coutinho é racista, ele não procura compreender e divulgar a realidade dos Guarani e Kaiowá, faltando com a verdade total consigo mesmo, ou melhor, se desrespeitando e mentindo para todos (as) cidadãos (ãs) do Brasil. Visto que esse jornalista racista da REVISTA VEJA nem se preocupa em fazer o trabalho de jornalista a partir de uma aproximação minimamente científica, mas ele fez e divulgou o tema Guarani e Kaiowá de modo distorcida a partir de corpus de informações sem fundamento, meramente embasado em senso comum e sem valores científicos.
No contexto atual, é importante se observar que diante da manifestação contínua dos cidadãos (ãs) do Brasil em favor da demarcação e devolução de territórios tradicionais aos Guarani e Kaiowá, a imprensa REVISTA VEJA, como sempre, não perdeu a oportunidade de apresentar, mais uma vez, a imagem dos Guarani e Kaiowá como seres incapazes, como nós indígenas não fossemos seres humanos pensantes, fomos considerados como selvagens e truculentos; assim, nesta manchete da REVISTA VEJA há, antes de tudo, incitação ao preconceito, a discriminação e ao ódio o que acaba por colocar em risco total toda a população Guarani e Kaiowá, alimentando violências, racismo, discriminação e estigmas sobre os Guarani e Kaiowá, por isso, nós lideranças da Aty Guasu pedimos as autoridades competentes para realizar uma investigação rigorosa e punição cabível ao autor-Leonardo Coutinho que foi responsável pela divulgação de imagem negativa Guarani e Kaiowá na REVISTA VEJA.
Diante dessa divulgação infundada da REVISTA VEJA a respeito de luta Guarani e Kaiowá, nós lideranças indígenas não acreditamos que a maioria dos cidadãos (ãs) do Mato Grosso do Sul e do Brasil tenha conhecimento sobre Guarani e Kaiowá somente a partir do senso comum a distância, porém compreendemos que todos (as) brasileiros (as) manifestantes são educados e adquirem os seus conhecimentos sobre a situação atual Guarani e Kaiowá a partir de observações diretas da realidade do grupo social que por isso têm fundamentos para refletir e se manifestar como cidadão (ã). De fato, é isso que está ocorrendo no último mês no Brasil, cidadãos (ãs) conscientes se manifestaram e ainda se manifestam, através das redes sociais e em espaços públicos, em favor da vida dos Guarani e Kaiowá, exigindo as efetivações de direitos humanos e indígenas. Porém, o jornalista Leonardo da REVISTA VEJA considera que esses cidadãos (ãs) manifestantes seriam ignorantes e não conheceriam as situações dos Guarani e Kaiowá, os tachando de ignorantes aos cidadãos (ãs) em manifestação. Em nosso entendimento, como indígenas Guarani e Kaiowá, consideramos sim que esses cidadãos (ãs) manifestantes de várias federações do Brasil conhecem muito bem a nossa história e nossa situação atual, por essa razão ampla se manifestam em favor de nossa vida para garantir a nossa sobrevivência. Enquanto o Leonardo Coutinho da REVISTA VEJA tenta colocar os Guarani e Kaiowá em risco total além de ignorar os conhecimentos dos cidadãos (ãs) manifestantes.
Queremos deixar evidentes que nós lideranças da Aty Guasu Guarani e Kaiowá de modo autônomos e conscientes vimos lutando pela recuperação de nossos territórios antigos, essa luta pelas terras tradicionais é exclusivamente nossa, nós somos protagonistas e autores da luta pelas terras indígenas, nós envolvemos os agentes dos órgãos do Estado Brasileiro, os agentes das ONGs e todos os cidadãos (ãs) do Brasil e de outros países do Mundo.
Finalizando, nós lideranças da Aty Guasu Guarani e Kaiowá de modo conscientes vamos lutar sem parar pela recuperação de nossas terras antigas, juntamente com cidadãos (ãs) manifestantes do Brasil em destaque, continuremos a lutar contra GENOCÍDIO Guarani e Kaiowá e iremos insistir na necessidade premente do Estado brasileiro se envolver profundamente com o nosso problema Guarani e Kaiowá do Mato Grosso do Sul. Sabemos que Governo do Brasil tem seu dever Constitucional assumir e decidir com firmeza e rigor uma dinâmica eficaz para fazer respeitar Direitos Humanos e Indígenas no Mato Grosso do Sul. Entendemos perfeitamente que é dever do Estado brasileiro viabilizar recursos financeiros e humanos, refletir e planejar estratégias que culminem em soluções efetivas aos problemas fundiários dos Guarani e Kaiowá aqui focada. Diferentemente da REVISTA VEJA, temos grande esperança e entendemos que os apoios de manifestantes dos cidadãos (ãs) do Brasil deverão contribuir, no tempo, para melhorar a qualidade de vida dessa grande parcela do nosso povo Guarani e Kaiowá do Mato Grosso do Sul.
Por fim, prestamos o nosso imenso agradecimento a todos (as) cidadãos (ãs) manifestantes pela compreensão e atenção merecida. A nossa luta continua contra GENOCÍDIO.
Atenciosamente,
Tekoha Guasu Guarani e Kaiowá, 04 de novembro de 2012
Lideranças da Aty Guasu Guarani e Kaiowá-MS
Fonte: Comitê Internacional de Solidariedade Guarani-Kaiowá

Revista Veja Desqualifica a Luta Guarani-Kaiowá e Critica Ações "Oportunistas" de ONGs

Visão Medieval de Antropólogos Deixa Índios na Penúria

Na crise dos guaranis-caiowás estão envolvidos interesses da Funai, de antropólogos e de ONGs. Ninguém se preocupa com os próprios índios

A OUTRA MARGEM - Crianças caiovás brincam na área invadida em Iguatemi. Seus pais deixaram a reserva do outro lado do rio em busca de mais terras
A OUTRA MARGEM - Crianças caiovás brincam na área invadida em Iguatemi. Seus pais deixaram a reserva do outro lado do rio em busca de mais terras (Wilton Junior/Estadão Conteúdo)
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo, tomou uma decisão para abrandar um movimento sem precedentes de homens brancos em nome de um grupo indígena brasileiro. Acatando um pedido da Advocacia-Geral da União, o TRF determinou que os índios guaranis-caiovás podem continuar ocupando as terras da Fazenda Cambará, no município de Iguatemi, em Mato Grosso do Sul. Em uma carta divulgada na internet no dia 10 do mês passado, membros do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) condenaram a ordem de despejo dada pela Justiça Federal de Naviraí, em Mato Grosso do Sul, comparando-a a uma “morte coletiva”. Logo se espalhou pelas redes sociais a versão de que os índios iriam cometer um ritualístico suicídio coletivo. Das redes, a solidariedade ganhou as ruas de diversas cidades, onde muitas brasileiras não perderam a chance de protestar de peito aberto diante das câmeras.
O governo agiu rápido, pediu a suspensão da ordem de despejo e exigiu que a Fundação Nacional do Índio (Funai) conclua em um mês o laudo antropológico que serviria como o primeiro passo para a demarcação oficial da terra reclamada pelo Cimi em nome dos índios.
Com o episódio, o Cimi conseguiu mais uma vez aproveitar a ignorância das pessoas das grandes cidades sobre a realidade em Mato Grosso do Sul e, principalmente, sobre quais são as reais necessidades dos índios. As terras indígenas já ocupam 13,2% da área total do país. Salvo raras exceções, a demarcação de reservas não melhorou em nada a vida dos índios. 
Em alguns casos, o resultado foi até pior. A 148 quilômetros da Fazenda Cambará, no município de Coronel Sapucaia, há uma reserva onde os caiovás dispõem de confortos como escolas e postos de saúde, mas não têm emprego, futuro nem esperança. Ficam entregues à dependência total da Funai e do Cimi, sem a menor chance de sobrepujar sua trágica situação de silvícolas em um mundo tecnológico e industrial. São comuns ali casos de depressão, uso de crack e abuso de álcool. 
A reserva Boqueirão, próximo a Dourados, abriga caiovás submetidos ao mesmo estado desesperador. Levantamento feito por agentes de saúde locais revelou que 70% das famílias indígenas têm um ou mais membros viciados em crack. “Infelizmente, a vida dos 170 caiovás acampados na fazenda em Iguatemi não melhorará com um simples decreto de demarcação”, diz o antropólogo Edward Luz.
Os caiovás formam o segundo grupo indígena mais populoso do Brasil, atrás apenas dos ticunas, do Amazonas. Segundo o IBGE, há 43 400 membros dessa etnia no país. Outros 41 000 residem no Paraguai. Eles transitam livremente entre os dois países, como parte de sua tradição nômade. 
Os antropólogos os convenceram de que o nascimento ou o sepultamento de um de seus membros em um pedaço de terra que ocupem enquanto vagam pelo Brasil é o suficiente para considerarem toda a área de sua propriedade. Com base nessa visão absurda, todo o sul de Mato Grosso do Sul teria de ser declarado área indígena - e o resto do Brasil que reze para que os antropólogos não tenham planos de levar os caiovás para outros estados, pois em pouco tempo todo o território brasileiro poderia ser reclamado pelos tutores dos índios.
Em sua percepção medieval do mundo, os religiosos do Cimi alimentam a cabeça dos índios da região com a ideia de que o objetivo deles é unir-se contra os brancos em uma grande “nação guarani”. Ocorre que o território dessa “nação” coincide com a zona mais produtiva do agronegócio em Mato Grosso do Sul. O Cimi e algumas ONGs orientam os índios a invadir propriedades.
 A Funai também apoia o expansionismo selvagem. Os 170 caiovás acampados na Fazenda Cambará moravam em uma reserva situada do outro lado da margem do Rio Hovy. Em novembro do ano passado, membros dos clãs Pyelito Kue e Mbarakay foram levados pelos religiosos e antropólogos a cruzar o rio e se estabelecer em uma área de 2 hectares. O secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Paulo Maldos, visitou os caiovás em Iguatemi um dia antes e deu-lhes a garantia de que o governo federal zelaria pelos seus direitos. 
O ex-marido da presidente da Funai, Marta Azevedo, Maldos é um conhecido oportunista que não perde a chance de usar a desgraça alheia em favor de suas convicções políticas. “Além de terra, queremos ter condições de plantar e trabalhar, mas isso nem a Funai nem ninguém faz por nós”, diz o cacique caiová Renato de Souza, da aldeia Jaguapiru, em Dourados. Enquanto os índios tiverem a vida manipulada pelos medievalistas do Cimi, pelos ideólogos da Funai e pelas ONGs, seu destino será de sofrimento e penúria.
VEJA
VEJA
Com reportagem de Kalleo Coura
Por Leonardo Coutinho
Revista Veja

domingo, 4 de novembro de 2012

VIRGINDADE DE CRIANÇAS ÍNDIAS VALE R$ 20 NO AM

Virgindade de índias vale R$ 20
 No município amazonense de São Gabriel da Cachoeira, na fronteira do Brasil com a Colômbia, um homem branco compra a virgindade de uma menina indígena com aparelho de celular, R$ 20, peça de roupa de marca e até com uma caixa de bombons.

A pedido das mães das vítimas, a Polícia Civil apura o caso há um ano. No entanto, como nenhum suspeito foi preso até agora, a Polícia Federal entrou na investigação no mês passado.

Doze meninas já prestaram depoimento. Elas relataram aos policiais que foram exploradas sexualmente e indicaram nove homens como os autores do crime.

Entre eles há empresários do comércio local, um ex-vereador, dois militares do Exército e um motorista.

As vítimas são garotas das etnias tariana, uanana, tucano e baré que vivem na periferia de São Gabriel da Cachoeira, que tem 90% da população (cerca de 38 mil pessoas) formada por índios.

Entre as meninas exploradas, há as que foram ameaçadas pelos suspeitos. Algumas foram obrigadas a se mudar para casas de familiares, na esperança de ficarem seguras.

A Folha conversou com cinco dessas meninas e, para cada uma delas, criou iniciais fictícias para dificultar a identificação na cidade.

M., de 12 anos, conta que "vendeu" a virgindade para um ex-vereador. O acerto, afirma a menina, ocorreu por meio de uma prima dela, que também é adolescente. "Ele me levou para o quarto e tirou minha roupa. Foi a primeira vez, fiquei triste."

A menina conta que o homem é casado e tem filhos. "Ele me deu R$ 20 e disse para eu não contar a ninguém."

P., de 14 anos, afirma que esteve duas vezes com um comerciante. "Ele me obrigou. Depois me deu um celular."

Já L., de 12 anos, diz que ela e outras meninas ganharam chocolates, dinheiro e roupas de marca em troca da virgindade. "Na primeira vez fui obrigada, ele me deu R$ 30 e uma caixa com chocolates."

DEZ ANOS

Outra garota, X., de 15 anos, disse que presenciou encontros de sete homens com meninas de até dez anos.

"Eu vi meninas passando aquela situação, ficando com as coxas doloridas. Eles sempre dão dinheiro em troca disso [da virgindade]."

P. aceitou depor na PF porque recebeu ameaças de um dos suspeitos. "Ele falou que, se continuasse denunciando, eu iria junto com ele para a cadeia. Estou com medo, ele fez isso com muitas meninas menores", afirma.

Familiares e conselheiros tutelares que defendem as adolescentes também são ameaçados. "Eles avisaram: se abrirem a boca a gente vai mandar matar", diz a mãe de uma menina de 12 anos.

Fonte: FOLHA DE S. PAULO