sábado, 26 de novembro de 2011

IBAMA Vai Apurar Conduta de Agente em Prisão de Indígena no Amazonas


Fiscal do Ibama afirmou que índio não poderia viajar com o ornamento. Indígena representaria Amazonas na Conferência das Cidades, em MG e Líder é Preso por se Recusar a Tirar o Cocar na Sessão de Embarque



O líder indígena Paulo Apurinã foi detido pela Polícia Federal (PF), na tarde desta quarta-feira (23), após se negar a tirar o cocar no setor de embarque do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), Apurinã foi impedido de viajar por um fiscal do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama).

A Funai informou ao G1 que o índio viajava usando um cocar de penas de animais silvestres. O fiscal do Ibama tentou recolher a peça, alegando que o objeto não possuía autorização do Instituto, comprovada por meio de um selo.

Ainda de acordo com a Fundação, Paulo Apurinã declarou que não viajaria sem o cocar pois a peça era sagrada. O fiscal do Ibama solicitou então ajuda à Polícia Federal. Segundo a Funai, a medida estressou o indígena, que empurrou um policial.

O superintendente do Ibama, Mário Lúcio Reis, disse ao G1 que Apurinã não se identificou como indígena no início da discussão, e contou ainda que o índio estava muito irritado. "Ele estava alterado e acabou desacatando a autoridade policial. A cultura indígena é totalmente permitida nas terras deles, mas fora toleramos principalmente em eventos. Ele deveria ter dito que era índio antes", declarou.

Paulo Apurinã foi algemado e encaminhado à sede da Polícia Federal, onde prestou depoimento. Após dar esclarecimentos sobre o caso, Apurinã foi liberado.
O líder indígena viajava para Belo Horizonte, Minas Gerais, onde representaria os povos indígenas do Amazonas na Conferência das Cidades, que começa nesta quinta-feira (24).
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou, nesta quinta-feira (24), que vai apurar se houve conduta irregular por parte do servidor público do órgão envolvido em confusão envolvendo um líder indígena no dia 23, no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus.

De acordo com o Ibama, o corregedor-geral do instituto, Marcos Guimarães, está em Manaus para apurar o caso junto à Polícia Federal e à superintendência da autarquia no Amazonas.

Ainda segundo o Instituto, caso existam indícios de procedimento irregular, será instaurado imediatamente o procedimento administrativo contra o agente
.
O Caso
O líder indígena Paulo Apurinã foi impedido de viajar pelo fiscal do Ibama, após se recusar a tirar o cocar.

Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), o índio viajava usando um cocar de penas de animais silvestres. O fiscal tentou recolher a peça, alegando que o objeto não possuía autorização do Instituto, comprovada por meio de um selo. O líder também teria se recusado a apresentar o Registro Administrativo de Nascimento Indígena (Rani).
De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), Apurinã declarou que não viajaria sem o cocar pois a peça era sagrada. O fiscal do Ibama solicitou então ajuda à Polícia Federal. Segundo a Funai, a medida estressou o indígena, que empurrou um policial. Em seguida, o índio foi preso por desacato.
Paulo Apurinã foi algemado e encaminhado à sede da Polícia Federal, onde prestou depoimento. Após dar esclarecimentos sobre o caso, Apurinã foi liberado.
Fonte: Portal G1
Nota: Esperamos que o Líder Paulo Apurinã não engula a seco esta conduta racista e discriminatória do agente o IBAMA e abra processo indenizatório contra a instituição, pedindo inclusive a exoneração do agente, para que sirva de exemplo a todos os indígenas e agentes do governo. NÓS TAMBÉM TEMOS DIREITOS!! FORÇA IRMÃO PAULO...ESTAMOS COM VOCE!