O bagageiro de uma viatura segue lotado de armas artesanais, como foices, facões e machados. Tudo foi apreendido em duas aldeias de Dourados, Mato Grosso do Sul, em três meses, pela Força Nacional. Agentes se revezam na fiscalização. A cada 12 horas, quatro homens fazem rondas pela reserva, quantidade considerada insuficiente pelas lideranças indígenas.
Os índios receiam que a violência aumente porque que no dia 23 de março termina o prazo estabelecido pelo Ministério da Justiça para que agentes da Força Nacional permaneçam nas aldeias Jaguapiru e Bororó.
Em um mês e 10 dias, cinco pessoas foram assassinadas na reserva indígena de Dourados, a maioria de forma brutal. Todos os acusados foram presos e segundo a Força Nacional estavam embriagados quando cometeram os crimes.
Para o capitão da Força Nacional, Edson Ribeiro, aumentar o número de policiais não resolve o problema. Na opinião dele, é preciso mais trabalhos sociais e de combate ao alcoolismo entre os indígenas.
Enquanto as rondas não põem um fim à criminalidade nas aldeias, um grupo de índios usa um galpão com uma espécie de delegacia. Os suspeitos são encaminhados e interrogados por lideranças indígenas, que depois acionam a polícia.
Fonte: Agora MS