(08.04.2013 – G1) – Funcionários do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) deram continuidade nesta segunda-feira (8) aos protestos em frente ao canteiro de obras dos sítios Pimental e Belo Monte. A manifestação teve início na última sexta-feira (5). Mais de 10 mil operários reivindicam melhores condições de trabalho e maiores salários.
“Eles dizem que dão baixada com três meses e quando chegam aqui, são seis meses. Não deixam ninguém sair senão tiver com seis meses. Isso é um absurdo, um país desse tamanho. O salário, dizem que a gente chega a ganhar R$ 2 mil e quando chega aqui, é R$ 1 mil que a gente ganha. E um ajudante tira só R$ 600. Como é que você vai ajudar a tua família lá na tua casa desse jeito?”, reclama um trabalhador.
Operários também reclamaram que estão sofrendo retaliações por causa do movimento de greve. “Do Maranhão eu vim aqui morrer de fome. Não tomei café ainda. Passamos a noite inteira aí, não deixam a gente entrar e ameaçam a gente direto, nossos companheiros aí. E ninguém faz nada pela gente, isso é um absurdo, rapaz”, denuncia o trabalhador.
Sobre todas as denúncias feitas pelos trabalhadores à reportagem, o CCBM informa apenas que a respeito das condições salariais e de trabalho, todos os pontos acordados entre o consórcio e o sindicato da categoria, no último dissídio coletivo, ainda em novembro de 2012, estão sendo integralmente cumpridos. O Consórcio Construtor Belo Monte afirma que o dissídio coletivo de trabalho assinado na época continua em plena vigência e que trata de todas as questões protestadas pelos trabalhadores.
A manifestação
Os manifestantes elaboraram uma pauta com 35 pontos de negociação, referentes principalmente a questões salariais. Entre as reivindicações estão: adicional de 40% para os operários alojados; primeira baixada de três meses para os trabalhadores de outras cidades, que é o período de folga de 10 dias para visitar a família; pagamento de 70% a mais no valor da hora extra aos sábados e 100% do adicional aos domingos.
Os manifestantes elaboraram uma pauta com 35 pontos de negociação, referentes principalmente a questões salariais. Entre as reivindicações estão: adicional de 40% para os operários alojados; primeira baixada de três meses para os trabalhadores de outras cidades, que é o período de folga de 10 dias para visitar a família; pagamento de 70% a mais no valor da hora extra aos sábados e 100% do adicional aos domingos.
A Força Nacional reforçou a segurança nos canteiros da usina. As rondas foram intensificadas na área de concentração dos grevistas. No último final de semana houve princípio de tumulto durante um protesto. Um grupo de trabalhadores fez uma marcha na estrada vicinal que dá acesso ao sítio Canais, que não aderiu ao movimento, e foram impedidos de passar pelos homens da Força Nacional, que formaram um cordão de isolamento. Houve discussão entre sindicalistas e policiais.
Na manhã desta segunda-feira (8), a Central Sindical Popular com Lutas e o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil informaram que 450 operários teriam sido demitidos esse final de semana em Belo Monte. As entidades representativas afirmaram que estes já teriam voltado ao seu município de origem. O CCBM não confirma essa informação.