terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Iniciativa Indígena de Apoio à Pinheirinho é Silenciada por Parlamentares em Boa Vista - RR

Deputados e governo tentam calar manifestação em apoio à desocupação de Pinheirinho-SP


O Ato teve inicio às 10h30 da manhã na Praça do Centro Cívico, em Boa Vista-RR.
A Seção Sindical dos Docentes da UFRR (SESDUF-RR) vem a público repudiar a ação covarde cometida por policiais ontem pela manhã durante o Ato em solidariedade às famílias de Pinheirinho em São José dos Campos-SP. Um desrespeito aos nossos direitos fundamentais.
Por volta de 11h30, numa atitude intolerante, agentes da Policia Ambiental do Estado – que cumpriam ordens – tentaram impedir o prosseguimento da mobilização, desligando a força, os microfones do carro de som usado pelos movimentos sociais e sindicais.
Segundo um dos agentes, “o som estava ultrapassando o nível de decibéis permitidos e isso estava incomodando os deputados e outras pessoas (governo)”. O manifesto foi realizado a 100 metros da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) de Roraima e a cerca de 200 metros do Palácio do Governo.
O Ato não feria ninguém, apenas repudiava a desocupação criminosa de mais de 1.500 famílias da área de Pinheirinho. A mobilização ofendeu deputados e governo porque também pedia mais respeito aos trabalhadores e trabalhadoras humilhadas do nosso Estado na luta por moradia e condições dignas de vida.
Vale lembrar, que tanto na ALE-RR, conhecida como a Casa do Povo, quanto no Palácio do Governo, nossos representantes se trancam em gabinetes, com excelente sistema de acústica, que nem o mais alto nível de decibel incomodaria.
Mas não é o decibel que aborrece nossos representantes, o que incomoda é o fato de não nos calarmos diante de tais abusos acometidos contra as classes menos abastadas do nosso Estado, ou seja, as injustiças sociais. O que aporrinha é o barulho da luta dos movimentos sociais e populares autônomos!
Participaram do Ato, o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Teto, associações comunitárias, sindicatos, movimentos sociais e estudantis.


Fonte: SESDUF-RR
Por: Ricardo Rodrigues


O indígena Alex Macuxi afirmou ao Frente de Ação Pro-Xingu, que no momento da manifestação, a polícia ambiental se fez presente com a presença de uma autoridade superior e ordenou que desligassem o carro de som. "Sem o carro de som as pessoas começaram a se dispersar! Este é o primeiro manifesto que participo e acontece isso!"  Diz Alex Macuxi ao Frente de Ação Pro-Xingu.


Bem equipados para filmar a manifestação e os manifestantes.
























Sem negociação! Para com o som e pronto!
























E não teve conversa, negociação ou documentação que os fizesse permitir que a manifestação prosseguisse!


















Fotos: Alex Macuxi