segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Belo Monte e a Questão Indígena


Acontece na próxima segunda-feira, dia 07 de fevereiro, no Auditório da Reitoria da Universidade de Brasília (UnB), o seminário A Hidrelétrica de Belo Monte e a Questão Indígena, uma iniciativa da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e a Fundação Darcy Ribeiro.

Planejada para ser instalada em uma das áreas de maior diversidade cultural e biológica do país, a hidrelétrica de Belo Monte, além de inundar uma área de mais de 600 km2, promoverá até 80% de redução da vazão de um trecho de mais de 100 km do rio, denominado Volta Grande do Rio Xingu, atrairá uma população estimada em 100 mil pessoas e causará o deslocamento compulsório de cerca de 40 mil. Nesta área, residem os Arara, os Juruna, os Xikrin e milhares de famílias ribeirinhas, indígenas e não-indígenas.

Ainda no Médio Xingu e seus tributários, residem os Parakanã, os Asurini, os Kararaô, os Araweté, os Arara, os Xipaia e Kuruaia e centenas de famílias que habitam as Unidades de Conservação que conformam o corredor ecológico do Xingu (Resexs, APA, FLONA, ESEC, PARNA). Mais próximos das cabeceiras do rio, estão os Kayapó do Sul do Pará, os Metuktire, os diversos Povos do Parque Indígena do Xingu e grupos indígenas voluntariamente isolados, que transitam na fronteira dos Estados do Pará e Mato Grosso.

Estarão reunidos, entre outros, representantes dos povos indígenas (Cacique Raoni Metuktire, Megaron Txukarramãe, Yabuti Txukarramãe e Josinei Arara), dos movimentos sociais (Antônia Melo da Silva) e do Ministério Público Federal (a subprocuradora geral da República, Deborah Duprat), além dos antropólogos João Pacheco de Oliveira Filho (Museu Nacional), Gustavo Lins Ribeiro (UnB), Bela Feldman-Bianco (Unicamp), Sonia Magalhães (UFPA) e Andréa Zhouri (UFMG).
Também foram convidados a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e os presidentes da Funai e do Ibama, além do público interessado.

A abertura do evento será às 9hs, seguida do debate Perspectivas indígenas, dos movimentos sociais e de especialistas sobre Belo Monte.

Às 14h30, é a vez do debate Problemas e dilemas de um grande projeto amazônico em debate.
A abertura do evento será às 9hs, seguida do debate Perspectivas indígenas, dos movimentos sociais e de especialistas sobre Belo Monte. Pela tarde, às 14h30, é a vez do debate Problemas e dilemas de um grande projeto amazônico em debate.

Contará com a participação de lideranças indígenas do Xingu, cientistas sociais e representantes do Estado brasileiro, além do público interessado.

PARTICIPE!!

Maiores informações: Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e Universidade de Brasília (UnB)