Na ocasião, a funcionária do museu reincidiu-se em sua prática criminosa de uma maneira mais violenta. Embora a mesma ja tivera um historico de praticas injuriosas ao referir-se aos membros da família como "bichos, burros, vagabundos,.." entre outros termos depreciativos, na ocasião onde a paciencia da familia ultraprassou os limites da sã tolerancia, a funcionária chegou a cuspir na face de um dos integrantes, conforme relatou um dos membros da familia, cujo nome seguirá em proteção.
A familia, que reside na cidade de ocorrencia do fato, vem trabalhando no museu desde 2009 quando foram contratados verbalmente para ministrar aulas de cultura indígena no museu sob o ganho de R$ 50,00 por aula ministrada que ocorria semanalmente. Outros integrantes da mesma etnia foram eventualmente contratados para o mesmo fim e tambem sofreram praticas de injuria. Diversas foram as vezes que os membros da familia Kalapalo ouviram que eles “deveriam voltar para a sua aldeia no Xingu, pois, nem a cidade e nem o Museu, eram lugares para eles” .
Para tornar ainda mais grave a situação, o dono do museu, Valde-mar Andrade, sempre fora ciente desta pratica e nunca tomara nenhuma providencia no tocante aos atos criminosos cometidos no interior do recinto, comprometendo-se como cumplece dos atos cometidos pela funcionária e tambem fora arrolado nos autos do processo de autoria da familia Kalapalo.
Uma conciliação previa fora tentada por parte da familia na intenção de resolver a situação amigavelmente com o dono do museu e o mesmo ignorou os membros da familia deixando-os esperando por cerca de tres horas e posteriormente alegou que não os poderia receber. Retirando-se a familia e ainda na intenção de conciliar os fatos e da reiteração das ofensas, o dono do museu interviu em favor da funcionária agressora afirmando que ele é o presidente do museu, que a casa é dele e que ele não autorizava nenhuma conversa com a diretora, funcionária autora das praticas injuriais.
Devido a tais fatos rotineiros e os ultimos acontecimentos, a familia resolveu registrar boletim de ocorrencia na delegacia distrital de Embu das Artes, no Boletim No.: 1515/2012 INICIADO: 04/04/2012 16:10HS e EMITIDO:04/042012 17:09HS, e iniciar uma litigancia no forum regional trabalhista de Embu das Artes, onde será realizada a audiência de instrução e julgamento no dia 16 de Agosto às 11:00, onde será julgado os atos bem como o valor indenizatório pelo crime de injuria e pelos danos morais e materiais sofridos pelos vitimados.
A audiência é publica e aos interessados em estar presentes para prestar apoio à familia precisam estar presentes nas dependências do fórum com pelo menos 30 minutos de antecedência.
O Frente de Ação Pro-Xingu se posiciona contra os crimes de injuria racial e apoia atitudes como as desta familia em defesa de seus direitos. Um exemplo a todos os índigenas do país.
Por Kuana Kamayurá
